Quem convive com crianças, jovens ou adultos com Transtorno do Espectro Autista já percebeu: o social pode ser um universo todo próprio. Pequenos gestos, olhares, até uma partida de jogo de tabuleiro em família, carregam laços essenciais para o desenvolvimento. Parece simples, mas não é tão óbvio assim. Um jogo de mesa pode abrir portas.
Eu vi, na prática, crianças autistas sorrindo ao formar duplas, combinar regras, negociar rodadas. Alguns jogos se tornam muito mais do que brincadeiras: eles são instrumentos poderosos para incentivar interação, comunicação e até ajudar a reagir com mais conforto diante de frustrações. Se você quiser reforçar o desenvolvimento social das pessoas com TEA usando jogos de mesa, siga comigo. Tem opções criativas, divertidas e surpreendentes pela frente!
O poder dos jogos de mesa no TEA
Os jogos de mesa oferecem desafios leves, regras claras e espaço para todo mundo brilhar, cada um do seu jeito. No Abraço, nosso app, terapeutas e famílias relatam que os jogos, quando usados de forma estruturada, ajudam em pontos práticos como:
- Desenvolver habilidades de espera e turno
- Praticar comunicação verbal e não verbal
- Lidar com vitórias e derrotas
- Respeitar regras e combinados
- Criar vínculos afetivos
Claro, cada pessoa reage de um jeito, mas existe algo quase mágico em ver um grupo, ou mesmo um par, disputando uma partida e crescendo junto, mesmo nas pequenas coisas.
Jogar pode ser a ponte entre mundos.
Quais jogos realmente ajudam?
Aqui estão os sete jogos de mesa que mais apoiam o desenvolvimento social no TEA. Talvez você já conheça alguns, mas vale redescobri-los com um novo olhar:
- Uno: Fácil de aprender, colorido, cheio de reviravoltas. Uno ajuda a treinar atenção, esperar a vez e lidar com surpresas. O melhor: incentiva a conversa leve e momentos de risada.
- Jogo da memória: Um clássico que propõe mais que encontrar pares. Crianças e jovens exercitam memória visual, mas podem criar estratégias, pedir ajuda, até inventar regras próprias.
- Quebra-cabeça colaborativo: Montar figuras juntos, dividir peças, decidir onde cada parte vai. Parece simples, mas favorece a cooperação e troca de ideias. É ótimo para grupos pequenos ou famílias.
- Dixit: Este jogo trabalha imaginação e expressão. O participante narra pequenas histórias ou descrições para que os outros adivinhem. Perfeito para incentivar comunicação e criatividade no TEA.
- Bingo: Ótimo para aprender números, aguardar turno e celebrar conquistas. É fácil adaptar com imagens ou temas de interesse. Ajuda os mais tímidos a se animarem em grupo.
- Lince: Muito visual, trabalha atenção, coordenação e rapidez. Encontrar figuras no tabuleiro envolve interação, troca de dicas e pequenas disputas saudáveis.
- Jogo de regras inventadas: Uma dica incrível que vejo dar certo em contextos de terapia ABA, como no Abraço. Pegue qualquer jogo simples e permita que a criança invente novas regras ou objetivos. Isso gera empatia, escuta ativa e pertencimento!
Dicas para jogar e aprender com o TEA
- Adaptar as regras: Não hesite em alterar quantas rodadas jogar, diminuir o número de cartas ou simplificar comandos. Flexibilidade ajuda MUITO!
- Valorize a rotina: Ter um momento fixo para o jogo, mesmo que seja só 10 minutos por semana, funciona como porto seguro.
- Inclua todos: Irmãos, colegas, familiares… O jogo é ainda mais rico quando abraça diferentes perfis e experiências.
- Observe e celebre: Pequenas iniciativas, como sugerir uma jogada ou felicitar um colega, devem ser reconhecidas. Esses passos fazem toda diferença.
No Abraço já abordamos a importância do brincar no desenvolvimento das pessoas autistas. Muitas vezes, jogos tradicionais podem ser adaptados com auxílio de protocolos como ABA para trazer ainda mais benefícios, e, sinceramente, flexibilizar faz tudo ficar mais leve e divertido.
Comparando rapidamente: abraçando o melhor
Talvez você já tenha ouvido falar de aplicativos que sugerem jogos para autistas. Alguns deles até oferecem indicações interessantes, mas no Abraço o diferencial está no acompanhamento individual, na adaptação de atividades e na presença de recursos educacionais para pais, terapeutas e autistas. Tudo centralizado, colaborativo, com evoluções acompanhadas de perto.
Enquanto outros focam apenas em listas ou em jogos digitais prontos, por aqui combinamos protocolos como VB-MAPP, ABLLS-R e dinâmicas lúdicas. Desse modo, a sugestão de jogos de mesa faz parte de um plano maior, pensado para o bem-estar real de quem convive com o TEA.
Expandindo horizontes brincando
Ninguém aprende a interagir da noite para o dia, especialmente quem está no espectro autista. Testar jogos, adaptar dinâmicas, aceitar falhas, celebrar vitórias… isso sim constrói confiança e pertencimento. Quer mais ideias para estimular de forma criativa? Ou então sugestões de atividades de comunicação e dicas sobre como apoiar crianças autistas em ambientes sociais? O Abraço reúne tudo isso, conteúdo seguro, acompanhamento profissional e dicas práticas para quem vive esses desafios no cotidiano.
Se você quer se aprofundar ainda mais nas brincadeiras de interação social, não deixe de pesquisar e se permitir experimentar. Conheça o Abraço, converse com especialistas por lá e descubra o poder que um simples jogo pode ter. Brincar também transforma!
